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Bebês estão mais vulneráveis à Covid; governo ainda não liberou vacinação

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A vacina da Pfizer contra a Covid-19 para crianças de 6 meses a 4 anos foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 16 de setembro. Só que o Ministério da Saúde ainda não liberou a distribuição de doses nem regras de como será a vacinação para esse grupo, o que tem gerado preocupação.

É que, apesar da falsa sensação de fim da pandemia, a certeza de especialistas é que as crianças não imunizadas se tornaram o grupo mais vulnerável ao coronavírus.

Entre julho e setembro deste ano, as crianças pequenas foram o público mais hospitalizado, segundo análise do Observa Infância (Fiocruz/Unifase) com base nos dados divulgados pelo Ministério da Saúde na semana passada. Essa faixa etária representou 8,5% do total das internações por Covid-19 no Brasil nesse período, um aumento de 50% em relação ao primeiro semestre.

Entre os maiores de 60 anos, que eram os mais vulneráveis no início da pandemia, houve redução de 325% na média diária de óbitos por Covid-19, queda atribuída à vacinação. As mortes entre os pequenos caíram menos, 250%, e foram 383 óbitos só neste ano.

Espera-se, ainda, que o governo dê prioridade aos menores de 1 ano na fila pelo fato de eles serem ainda mais vulneráveis. Desde o início da pandemia, já foram somadas 1 070 mortes de bebês de até 11 meses. Entre os contaminados de 1 a 2 anos, foram 341 mortes, e entre aqueles de 3 a 4 anos, 156.

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A Fiocruz constatou que, nos dois primeiros anos da pandemia, a Covid matou mais crianças de até 3 anos do que outras 14 doenças juntas em dez anos. Na lista estão males como tétano, sarampo, rubéola, coqueluche e meningite meningocócica do tipo B.

+ Leia também: Onda silenciosa de Covid-19 põe idosos e crianças em risco

Como e quando começa a vacinação

Ainda não há data para o início de imunização do grupo de 6 meses a 4 anos. Em nota, o Ministério da Saúde informa que aguarda a autorização de um técnico responsável da pasta para liberar instruções sobre a vacinação e tirar dúvidas, como a necessidade ou não de um intervalo em relação a outras vacinas do calendário.

A Anvisa, no entanto, já adiantou dados sobre a vacina, que virá em um frasco de cor vinho e deverá ser aplicada em três momentos. Veja as peculiaridades de acordo com a faixa etária:

  • 6 meses a 4 anos: frasco de cor vinho, com 0,2 ml. A segunda dose vem três semanas após a primeira e, a terceira, oito semanas depois da anterior
  • 5 a 11 anos: cor laranja, 0,2 ml. São duas doses com intervalo de 28 dias
  • Acima de 12 anos: cor roxa, 0,3 ml. São duas doses com intervalo de 21 dias

“O frasco muda de cor porque as concentrações são diferentes. A composição para os maiores de 12 anos é de 13 microgramas, de 5 a 11 anos é de dez e, agora, para os bebês, é de 3 microgramas”, comenta Juarez Cunha, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).

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“Serão três doses porque foi observado que duas injeções não seriam suficientes para proteger adequadamente essa faixa etária de casos graves e mortes”, informa o pediatra sobre os mais novinhos.

Como já divulgado no caso de outras faixas etárias infantis, os efeitos colaterais esperados após a aplicação vacina são leves, como febre e dor no local da picada.

Não houve nenhum óbito registrado no mundo relacionado à imunização, e casos de miocardite são raros. Não custa reforçar: os perigos são muito maiores se a criança for infectada pela Covid.

+ Leia também: As principais perguntas dos pais sobre as vacinas da Covid para crianças

Após amplo uso do imunizante nos Estados Unidos, a Pfizer anunciou que a eficácia da vacina para esse grupo é de 73,2%. Estudos preliminares apontavam para 80%.

Mesmo com essa queda, que é comum quando o imunizante é avaliado na vida real, o dado é otimista. “Ela não foi formulada para combater a Ômicron, variante que está dominante agora. E, mesmo assim, se mostrou eficaz e segura para esse grupo”, nota Cunha. 

Falando em variante, a mesma Pfizer já está tentando aprovar, nos Estados Unidos, a primeira vacina atualizada para as crianças. “É chamada de bivalente por proteger contra a cepa original de Covid, identificada em Wuhan, e também contra as filhas da Ômicron, a BA.4, e a BA.5”, conta o presidente da Sbim.

A ideia é usar essa injeção repaginada como reforço para as crianças de 5 a 11 anos que já foram vacinadas. Mas ainda não há previsão de quando isso começaria. 

Imunização lenta nos demais grupos

As crianças de 3 a 5 anos também já podem ser vacinadas com a Coronavac. Desde julho, a prioridade era para os pequenos com comorbidades, mas, aos poucos, os estados estão abrindo a imunização para todo o grupo. Em São Paulo, isso ocorreu na semana passada (28 de setembro).

Liberada em janeiro, a vacinação para os que têm entre 5 e 11 anos ainda não é a das melhores. A média nacional de aplicação da primeira dose é de 66,7%, sendo que a meta é de 90%. E há vários relatos de falta de doses pelo país.

 
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